sábado, 5 de dezembro de 2009

A Última

A última

Olha, você não é nada,
A não ser a última.
É preciso se amar como doente terminal.
Eu, que entendo suas dores e suas vergonhas,
Sou o candidato ideal.
Descubro seus medos e descubro seu
Intento fatal:
Onça, seu apelido, é de morte e não
Me faz mal.
Olha, entendo cada dor, cada saudade.
Faço de mim um resumo em sua estrada
Entendendo que você é a cidade.
Com muito passado nós dois
Vejo em você minha última mulher:
Aquela que permito insano
Fazer de mim
Seu bem ou mal-me-quer.
Toda pétala minha é sua
Sou de você o que quiser.
Faça de mim o que puder.


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Por que criaste em mim
O limite do Mundo? Se não sabia eu
Que o mundo tinha fundo?
Porque me deixaste ver
Por teus olhos o todo de toda uma
Vez só, fazendo com que
Não houvesse mais descobertas
Fora do deste manto?
Por que me devolveste a palavra?
Por que quiseste tu que eu fosse um santo?

Por que não me deixaste no abandono
Se a dor ainda te dilacera e não sacia?
Por que quiseste amar
Um Peregrino
Que já sabe como chorar de medo?
Depois plantaste em mim
Os teus segredos
E acima quiseste
Consumir
Meus sonhos
Levaste a melhor parte num sorriso
E eu fiquei olhando impotente.

Fizeste então tua casa
Entre meus dedos
Fitei a minha mão enrijecida
Para tu nunca caíres em desespero.
Do vento foste a última elegia
De um náufrago encerrado
Em uma cantiga
Trouxeste pro meu peito
A alegria
Querendo num minuto
A nostalgia.

"Marcelo Marcus Fonseca"

Acordo e vejo que neguei por muito tempo ter e ver o amor. Só posso dizer que você tem a Liz, e que ainda me desespero e tenho medo, mas sei que você é meu sol.
Te amo pra sempre.

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