segunda-feira, 25 de julho de 2011

tylenol Camile

Foto Bob Sousa

Essas são as únicas que ele deixou publicar. Depois tem mais!!!


Liz Reis

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Réplica: Peça "Joana d'Arc" reafirma o Bom, o Belo e o Verdadeiro




"Schiller despreza a história para pintar um quadro em que a morte da heroína, antes de um castigo, torna-se uma redentora graça", afirma o crítico da Folha Luiz Fernando Ramos no texto "Montagem ousada de Schiller enfrenta problemas ao mirar no romantismo"(Ilustrada, 23/6), sobre "Joana d'Arc -A Virgem de Orleans".

Sim, é exatamente isso. Diante de tanta falta de ética, lealdade, crença nas coisas do mundo, palavra, respeito, humanidade, no romantismo e hoje, a redenção às vezes é o suicídio.

"A Virgem de Orleans" é um texto de ideias sobrepostas. Geralmente é o que o espectador mais elogia: diante de um teatro que simplifica cada vez mais os temas, reduzindo tudo à falta de lógica (sim, é necessária a lógica do "russo antigo") e a um diálogo idiota com a tecnologia, o sujeito goza quando pode receber mais informações do que estava previsto no valor do ingresso. Mas informações que se emendam, com começo, meio e fim. [Antonin] Artaud [1896-1948] criticou toda forma de teatro e, quando escreveu sua peça, apresentou ao público um texto com estrutura clássica de tragédia, "quase careta". Claro que, longe de outros autores, os símbolos contidos, o que existe de cifrado em sua obra, é realmente perturbador.

É de fato difícil sustentar hoje uma peça de cinco atos, mais prólogo, com 20 atores. Principalmente porque não se tem mais disposição pra isso com gente procurando fama e com pressa demais.

Ou se reduz Shakespeare a uma fala dividida pela literatura num jeito de falar que nem o autor usava com caminhadas naturalistas ou se fragmenta tudo sem pé nem cabeça e a gente tem que se fingir de inteligente dizendo que leu isso ou aquilo na encenação "pós". Hoje tudo começa em "pós", contemporâneo. Pintam-se os relógios de Dalí antes de saber desenhá-los com perfeição.

Ouvimos outro dia: "Isso é teatro que não se faz mais". Gosto da frase como elogio e como crítica. Não sou adepto das modernidades e não gosto de teatro em que história não se conta. Prefiro os autores inteiros, não os diretores.

A questão do ponto de vista é a que fica: creio no valor do homem a ser resgatado e isso me leva aos ideais do romantismo nessa montagem.

Assim como em Brecht, procuro dizer palavras do autor, senão não me meteria com ele. Na verdade, Schiller diz o que queremos dizer.

Por isso escolhemos esse texto e não Shaw, Claudel ou Brecht. Há algo ainda antes da bagunça de ideias: a beleza, a inteligência e a obra. Quanto aos atores, não gosto porque dirigi, mas porque representam da forma que me anima mais assistir.

A peça joga toda a atenção em cima deles, por isso ficam expostos. Não há maquiagem para esconder as atuações, como vejo muito por aí num teatro cheio de truques com atores falando muito pouco e mal. Não existe teatro moderno. Só teatro. Questão de gosto pessoal. Como toda crítica.

MARCELO MARCUS FONSECA é diretor da peça "Joana D'Arc - A Virgem de Orleans".

"Surrealismo, Rebelião, Expressão e Criação"

Museu da Língua Portuguesa promove oficina

sobre Surrealismo com a Cia. Teatro do Incêndio

“Surrealismo: Rebelião, Expressão e Criação”

é o título da oficina que será ministrada por Cláudio Willer

O Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, em parceria com a Cia. Teatro do Incêndio, promove de 10 de agosto a 26 de outubro a oficina“Surrealismo: Rebelião, Expressão e Criação”, ministrada por Cláudio Willer às quartas-feiras, das 14h às 17h.

Os encontros com o tradutor, poeta e ensaísta fazem parte da programação do projeto“São Paulo: Cidade Surrealista”, contemplado pelo Fomento ao Teatro e abre a primeira atividade pública de sua pesquisa para 40 interessados em acompanhar o início de seu processo.

A finalidade de “Surrealismo: Rebelião, Expressão e Criação” é estimular a capacidade de criação e leitura dos participantes, além de ampliar a sensibilidade e o conhecimento.

O curso terá 12 aulas, com a frequência de uma por semana e três horas de duração cada. Serão desenvolvidos três tipos de atividade: aulas expositivas; seminários, expondo pesquisas e leituras; práticas de criação, além de leituras recomendadas.

Claudio Jorge Willer

Doutor em Letras pela USP (DLCV-FFLCH, Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa), com "Um Obscuro Encanto: Gnose, Gnosticismo e a Poesia Moderna", em março de 2008. Pós-doutorando com o tema "Religiões Estranhas", Esoterismo e Poesia na USP (DTLLC-FFLCH) a partir de novembro de 2008. Poeta, ensaísta e tradutor, com vários títulos publicados.

Atuação: na área de Letras e como escritor, ministrando cursos, conferências e oficinas literárias, com ênfase em Literatura Comparada, criação literária e estímulo à leitura, tratando dos seguintes temas: surrealismo, geração beat, poesia contemporânea, hermetismo, misticismo, gnose e gnosticismo. Bacharel em Psicologia pela USP (1966) e em Ciências Sociais e Políticas pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1963). Currículo resumido e outras informações no blog http://claudiowiller.wordpress.com/

A Cia. Teatro do Incêndio

O grupo, formado em 2000, atua sempre buscando estabelecer um padrão de dramaturgia que, ao mesmo tempo, fuja das propostas simplesmente comerciais que visam ao lucro e sucesso, mas também possibilite o acesso e o entendimento desse padrão para qualquer tipo de público.

Sua primeira montagem foi “Os Cenci” de Antonin Artaud, rebatizado de “Beatriz Cenci”, realizada no ano de sua fundação na Funarte. A partir de “Beatriz Cenci” seguiram-se os espetáculos “Anjos de Guarda”, de Zeno Wilde, “Odile”, de Marcelo Marcus Fonseca, “A Boa Alma de Setsuan”, Bertolt Brecht,“Todos os Homens Notáveis” de Marcelo Marcus Fonseca, “La Ronde” de Arthur Schnitzler, “Na Selva das Cidades”, de Bertolt Brecht e “Joana d’Arc – A Virgem de Orleans”, de Friedricht Von Schiller. Informações adicionais:www.teatrodoincendio.com.br

Serviço

“Surrealismo: Rebelião, Expressão e Criação”

Oficina com Cláudio Willer

De 10 de agosto a 26 de outubro, das 14h as 17h

Vagas: 40

Forma de Seleção: Carta de Interesse

Museu da Língua Portuguesa

Praça da Luz, s/nº, Centro

Tel.: (11) 3326-0775

Entrada franca para as atividades

www.museudalinguaportuguesa.org.br

Visita ao Museu

Ingresso: R$ 6,00 (pagamento somente em dinheiro).

Estudantes com carteira de estudante do ano e documento de identidade pagam meia-entrada. Crianças com até 10 anos e idosos a partir de 60 anos não pagam ingresso, bem como professores da rede pública.

Poiesis – Organização Social de Cultura

Assessoria de Comunicação

Dirceu Rodrigues: 3331-4976

Fernanda Galib: 3227-0341

Assessoria de Imprensa - Secretaria de Estado da Cultura

Ciro Bonilha: (11) 2627-8166

Karine Serezuella: (11) 2627-8243