segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Angelica em sonho

O vulto em forma de fumaça preta passou pela fresta da porta e foi direto para baixo da cama dos pais onde ela morava quando criança.
Observa os moveis antigos e antiquados que de alguma forma a protegiam
correu para cozinha falou com a mamãe e de repente viu o vulto em forma de homem com capacete uma espece de super herói com uma estaca tentando mata-la.
Agora ela já estava em outro lugar uma especie de cidade fantasma sentada em um muro flutuante com um gato dentro de sua calça. Ela o acariciava
Voltou para a casa de infância onde cuidava de uma menina que era idêntica ela quando bebe, porém era filha de uma prima Adriana Brinch, estava tão apegada que não suportava a ideia de ter que devolve-la.
Sua cunhada tinha um único filho que avisa desaparecido, e que seu irmão em estado de choque não se mexia.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

VIOLETA FEBRIL


Esqueleto de tulipa cristal
Montanha de ar afogado nos braços
Shiva pede perdão ao tempo
Esmagado negro pensamento petróleo
Colosso da memória interrompido pelo medo
Mulher metal virginal
Homem sem terminar seu calor
Imagem do vidro das parábolas do amor
A brisa sopra quente nas orquídeas do meu sexo
Encruzilhada humana em alto-mar
Seu beijo me apavora e me redime
O mundo em gravatas de pólvoras
Me orientalizo nas catacumbas do desejo
O orvalho desalojará o sono
Quebrando as pedras e os cravos
Explodindo em sete cores musicais
Urrando pelo nome da medula doada
O peixe-passaro ama sua violeta febril
Na cólera da paixão televisiva
Domando o pântano horizonte
Expandindo a claridade dos amarelos
Nos grãos dos trigos do infinito
Deusa da caça dos meus sonhos
Deus do vinho acorda Ofelia
Grécia da minha Flórida
O ar puro da nudez
Derme do seu perfume
Armas de gelo ameaçam os céus
Ombros do meu castigo & selo do meu canto
Reflexo da ilha piscam para Zeus
Acontecimento do lirismo estático
Pólvora da minha emancipação

(Por Marcelo Marcus Fonseca e Liz Reis)

Véu labial

Véu Labial

Noite fria. Hoje ha gritos no coração.
Um tombo, um vírus contaminou a criança
Lágrimas vermelhas escorrem na espinha
Escuto a fada e acordo distante
Mergulho no limbo do calor ameaçador
Os ossos estão cravados no cérebro
O veneno revira o espirito
O cadáver caminha na Luz do Parque
Sombras enluaradas, congeladas
O inflamado infinito Pi
O xadrez da poesia em xeque mate
A concha canta a prega da areia
Respiro toda melodia da face
Redemoinhos de sol sangram
Tempestade leve de saliva lilas
Doce respiro do nada
Eclipse do véu labial
Seios quentes do deserto
Geotérmico profundo sabor
Mergulho arrebatado do sonho farpado
Fechadura incendeia a mandíbula do ventre
Cataratas desabrocham no sussurro do beijo
Olhos de champanhe nascem e renascem
Eletro-imã do pêssego embriagado
Cotovia dos pés da sua voz
O tempo mármore em relâmpagos
Eu

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Reflexões da Patagônia

Geleira

o silencio branco das geleiras petrifica ainda mais minha alma, caminho sozinha e tento entender o sabor de existir. Os que me amam eu sempre de alguma forma vou ferir, com palavras doces e tristes.
O vulcão ainda ferve no meu ventre .
A patagônia ira derreter com tanta sabor
Ombros amados tentam se erguer e renascer na poeira assassinada pelo sol lilas
Há gritos no centro do meu pensamento
Soltos, envoltos em tormentas amargas



Glaciares


Através do véu da virgem nas costelas craqueladas resistente como andiperla
Exterminada como um tehuelche afogo Ofelia e Verônica
Locomotiva queimando a camisa e suspirando com orvalho transparente gozo azul
Morte expandindo a 10 cm por dia
Desabar e nascer
Espetáculo escandaloso do nada
O ridículo melodrama real de um marido paralítico
Engendrada pelo teu olhar cruzo a fronteira
Deslizo para dentro do pêssego sabor das vísceras
Rompo a película do granito ereto
Ruído dos grampones gravados no silêncio branco
Pimenta que dissolve os lábios molhados
Suforosa canção rosa
Lava rupestre arrepia a sátira picareta
A lenta líquida acumulação irrompe, explode, envagina-me



Cordilheiras azuis

Obscuro caminho rochoso
Pupila palpita nas cerdas

Trigo verde monumental
Espero o dia do reverdecer
Sentido


Bétulas do meu pensamento

Razão do entardecer



Cordilheiras azuis afogam


a mancha vermelha do meu olhar


Lágrimas solidas voam no borbulhar do mel



Atlântico intrépido

A fenda da Rocha derrete o Atlântico colorindo meus desejos.

Abrindo meu coração em flocos de neve,transportando-me ao labirinto do seu umbigo.

Estilhaços de unhas enraivecidos no meus estomago.

Meu olhar intrépido para o joelho das montanhas

A areia rala e expulsa o céu embriagado

A sombra do útero enterra a pedra, desliza o mar

Busco o grito do sol

O sussurrar das nuvens

A natureza dança, o leão marinho sorri, os ventos cantam

O olhar se perdeu através dos pântanos da solidão.