quinta-feira, 8 de julho de 2010

Palestra "A Obra de Schiller"

DE PALESTRAS “A OBRA DE SCHILLER”
Coordenador: MARIO VITOR SANTOS E CIA. TEATRO DO INCÊNDIO
Período de Realização: 12/7 a 2/8/2010 – segundas-feiras - 19h às 21h30
Público: interessados em geral
Faixa Etária: adultos
Seleção: primeiros inscritos
Inscrições: 21/6 até a data de cada encontro
Vagas: 400 (100 vagas por encontro)
Sinopse e currículo: Encontros sobre a obra de Friedrich Von Schiller e temas correlatos à heroína Joana d’Arc traçando um paralelo com os dias atuais e que colaborará para o estudo da montagem do texto teatral “A Donzela de Orleans”, próxima empreitada da Cia. Teatro do Incêndio.

MARIO VITOR SANTOS é jornalista, formado pela Universidade Federal Fluminense, mestre em Letras Clássicas pela Universidade de Exeter (Inglaterra), doutor em Letras Clássicas pela Universidade de São Paulo. É também professor, crítico de teatro, diretor da Casa do Saber e analista da Folha de S. Paulo.

O Treinamento da Cia Teatro do Incêndio

















































Cia Teatro do Incêndio leitura na Casa do Saber

Dionisíaco


Um momento delicado e poético. Um prazer imenso ler “Zaratustra”, de Nietzsche e “O Filosofo da Suspeita”, de Scarlett Marton ao lado Marcelo Marcus Fonseca.

Evoé

Cia Teatro do Incêndio

Oficina de Direção e Teoria Teatral1/7 a 29/7 – terças e quintas-feiras - 14h às 17hPúblico: com conhecimento intermediário Faixa Etária: adultosSeleção: carta de interesseInscrições: 21/6 a 28/6Vagas: 15
Estudos sobre a função do diretor teatral, os fundamentos do espetáculo e panorama da literatura dramática de Schiller. Promover a reflexão, elaboração e prática de temas fundamentais à construção de um projeto cênico entendido como arte, técnica e linguagem. Exercitar o aluno na análise crítica do processo de construção de cenas visando à encenação de Joana D’ Arc.
Marcelo Marcus Fonseca é diretor, ator, dramaturgo, cantor e compositor. Dentre seus últimos trabalhos destacam-se a direção de La Ronde, de Arthur Schnitzler; Todos os Homens Notáveis, texto e direção geral; ator em Timão de Atenas, de Shakespeare, direção de Elcio Nogueira Seixas. Recentemente, atuou e dirigiu o espetáculo Na Selva das Cidades.

Ciclo de Palestras “A Obra de Schiller” 5/7 a 26/7 – segundas-feiras - 19h às 21h30Público: interessados em geralFaixa Etária: adultosSeleção: primeiros inscritosInscrições: 21/6 até a data de cada encontroVagas: 400 (100 vagas por encontro)
Encontros sobre a obra de Friedrich Von Schiller e temas correlatos à heroína Joana D’ Arc, traçando um paralelo com os dias atuais e que colaborará para o estudo da montagem do texto teatral “A Donzela de Orleans”, próxima empreitada da Cia. Teatro do Incêndio.
Mario Vitor Santos é jornalista, formado pela Universidade Federal Fluminense, mestre em Letras Clássicas pela Universidade de Exeter (Inglaterra), doutor em Letras Clássicas pela Universidade de São Paulo. É também professor, crítico de teatro, diretor da Casa do Saber e analista da Folha de S. Paulo.

Oficina “Interpretação, Corpo e Voz”3/7 a 31/7 – quartas, sextas-feiras e sábados - 14h às 17hPúblico: com conhecimento intermediário Faixa Etária: adultosSeleção: carta de interesse, foto (opcional) e currículoInscrições: 21/6 a 30/6Vagas: 25
Desenvolvimento da expressão corporal, preparação vocal e do estudo da interpretação, tendo como base o texto “Joana D’Arc” de F. Von Schiller, visando desenvolver as habilidades técnicas do ator/participante, expandindo seu repertório de atuação. Ao final do processo, serão selecionados alguns participantes para integrar o elenco da montagem profissional com a Cia. Teatro do Incêndio.
Liz Reis é atriz de teatro, cinena e TV, co-diretora do Teatro do Incêndio, figurinista, professora de Teatro. Especialização em Artes Cênicas. Pós Graduação em Artes Cênicas FPA; Pós-Graduação em artes cênicas na USP-ECA.
João Urbílio é formado em Piano Erudito e Composição e Regência pela Escola de Comunicação e Arte de São Paulo. Já trabalhou ao lado de Samuel Kerr, Fausto Fuser, William Pereira e Bia Lessa, Otávio Burnier. Desde 2005 atua na Cia. Teatro do Incêndio, como músico, ator, maquiador e diretor musical nos espetáculos “A Boa Alma de Setsuan”, “Todos os Homens Notáveis” e “Na Selva das Cidades”.

PINA BAUSCH

Pina Bausch, é considerada uma das coreografas mais importante do seculo 20 cria um universo artistico com sua propria linguagem. Os dançarinos correm, pulam ,gritam, riem. Seus espetáculos nos permitem ver pessoas vivas. Medo, compreensão, amor, ódio, desejo, frustração, paz, harmonia, risos ,choros, leveza, furia, tristeza, esperança, criticas sociais, confrontos culturais e realidades irreais.

Vejo um senso de aprofundado de observação do individuo.”Eu não investigo como as pessoas se movem, mas o que as move” (Pina Baush).
Quase como um ”fresta” ela penetra o individuo e o liberta em coneção com a natureza e todas as artes.

Fresta
Em meus momentos escuros
Em que em mim não há ninguém,
E tudo é névoas e muros
Quanto a vida dá ou tem,
Se, um instante, erguendo a fronte
De onde em mim sou aterrado,
Vejo o longínquo horizonte
Cheio de sol posto ou nado
Revivo, existo, conheço,
E, ainda que seja ilusão
O exterior em que me esqueço,
Nada mais quero nem peço.
Entrego-lhe o coração.
(Fernando Pessoa )

Permite através da dança-teatro a libertação dos seres sensiveis perante a sociedade castradora e limitada repleta de “cadaveres”. Sinto seus bailarinos e seus espectadores giram com o mundo e não o mundo girar os individuos. Como elemento de criação a “Vida”. “para arrebatar uma plateia é preciso que ela veja vida, e não algo morno”(Lawrence Olivier). “Certas coisas se podem dizer com palavras, outras com movimento”.(Pina Bausch)

Um corpo em movimento que revela fragilidades “do ser dançante, corpo que testa seus limites podendo ser fragmentado, descomposto, virtualizado, reconstruído, humanizado/desumanizado, podendo através da estesia, abrir espaços para inumeras possibilidades do inventar de novas esteticas, da descoberta de novas formas e texturas em dança”.(Marcilio de Souza Vieira).

Os dançarinos de Pina Bausch, dançam com a “interferencia de elementos orgânicos no movimento” (terra, agua, flores, grama, granitos, tijolos) e observamos bailarinos desconstruindo seus corpos. Possibilitando novas possibilidades esteticas na contemporaneidade. O corpo que expressa e gera um novo pensar e vivenciar o corpo. “A busca desesperada da harmonia através do caos”. (Bentivogilio,1994)

O Trabalho de Pina Bausch, permite o jogo, risco e erro, sem a formalidade de estilo, com o tradicional. “Assim corpo e sentimento representam no palco uma unidade, ambos são a expressão da fragilidade da existencia humana”(Cypriano, 2005,pg29).
O trabalho breschiano do distanciamento é muito utilizado pela coreografa.

Pina bausch com sua leveza, e ruptura me dá o que quero ver e sentir. Me mostra a vida atraves do movimento e do desencontros e desconstruções dos corpos de seus bailarinos.