terça-feira, 3 de maio de 2011

Estreia Joana d'Arc

André Latorre e Liz Reis
Liz Reis - Joana d'Arc
da esquerda pra direita frente: Wanderley Martins, André Latorre, Liz Reis, João Santana, Giulia Lancellotti e Marcelo Marcus Fonseca ao fundo: Marcus Fernandes, Eraldo Junior, Robson Monteiro, Davi Guimarães e outros.
João Santana, Liz Reis e Marcelo Marcus Fonseca
Thiago Molfi e Liz Reis
Liz Reis e Davi Guimarães
Liz Reis , Marcus Fernandes, Sonia Molfi e outros
Marcelo Marcus Fonseca, Andre Latorre e Liz Reis
Marcelo Marcus Fonseca, Liz Reis, David Guimarães e Wanderley Martins



“Joana d’Arc” - a Virgem de Orleans

Cia. Teatro do Incêndio estreia “Joana d’Arc”, texto inédito de Schiller em

língua portuguesa, sobre a crença, a guerra e a igualdade, no Bibi Ferreira.

A Cia. Teatro do Incêndio apresenta, a partir de 18 de maio (quarta-feira, às 21 horas) a história de “Joana d’Arc, a guerreira herética tornada santa e mito, que há séculos atrai e fascina multidões. O texto do alemão Friedrich Von Schiller, de 1801, foi traduzido por Mario Vitor Santos especialmente para esta encenação, cuja direção leva a assinatura de Marcelo Marcus Fonseca.

A peça traz uma visão particular da trajetória da heroína francesa, cognominada de a “Virgem deOrleans”, que foi acusada, julgada e queimada viva por heresia: na obra de Schiller, ela é perdoada em vida e tem uma morte gloriosa no campo de batalha. A obra é um dos maiores sucessos de Schiller como dramaturgo, projetando o autor definitivamente como um dos maiores expoentes do Romantismo alemão. Nela, o autor recria poeticamente a história para fazer uma reflexão sobre guerra, paz, a fé e o amor. Ao concluir a obra, Schiller a enviou a Goethe e este lhe escreveu: “Devolvo-lhe a obra com meu agradecimento; é tão bela e tão boa, que não tenho com que compará-la.”

A montagem do grupo para a saga romântica da camponesa semiletrada que libertou a França reúne 20 atores em cena e uma trupe de renomados profissionais do teatro brasileiro. A atriz Liz Reis interpreta a protagonista transitando entre a pureza, a dúvida amorosa e a vingança, os traços da humanidade da Joana D’Arc de Schiller. “Não se trata de representar, mas de aceitar Joana em mim”, diz a atriz, que dirige a companhia ao lado do encenador.

Schiller faz uso do mito de Joana d’Arc para discutir ética, igualdade, intolerância e para subverter as ideias sobre o feminino. O autor se apoia na filosofia de Kant, cujo pensamento é a reafirmação “do bom, do belo e do verdadeiro”, na arte e no homem. Nesta montagem, a narrativa assume múltiplos significados. Assim, dialeticamente é construída uma crítica ao cinismo, à mentira e à destruição do homem pelo homem, que ecoa até os tempos atuais. “A peça discute a crença, não a fé, mas o acreditar nas coisas, que elas podem dar certo, algo tão banalizado nos dias de hoje”, completa o diretor Marcelo Marcus Fonseca.

O diálogo, ao longo de cenas rápidas, é preciso e tem o sentido de crítica aos valores sociais e morais, à desigualdade, transcendendo os limites do Romantismo vigente à época do autor.

Na versão do Teatro do Incêndio para a peça, o simbólico e o visual se fundem ao tom trágico do autor. O intuito é emocionar o espectador, pela palavra e pelo prazer da apreciação do épico de Joana d’Arc, numa montagem que apresenta ainda momentos de humor dentro da trama épica. Na fala dos atores, o “vós” e o “tu”, tão comum nas traduções dos textos clássicos, foram substituídos pelo “você” (tratamento coloquial também presente no texto de Schiller), aproximando a fala do espectador de hoje, sem empobrecer a linguagem, sem que isso enfraqueça o estilo romântico nem negue as características medievais.

O grande elenco multiplica-se nos diversos personagens, na execução de instrumentos musicais e no coro para, como diz o diretor, alcançar os objetivos da montagem: “Manter o espectador constantemente surpreso, renovando sua relação com a cena a cada fato novo apresentado no espetáculo”.

Sinopse: A peça retrata a vida de Joana d´Arc, dos rituais de infância diante da Arvore das Fadas à libertação da França e sua morte simbólica em campo de batalha.

Ficha técnica

Texto: Friedrich Von Schiller

Direção geral: Marcelo Marcus Fonseca

Iluminação: Davi de Brito e Vânia Jaconis

Figurinos: Liz Reis e André Latorre

Trilha sonora: Marcelo Marcus Fonseca e Thiago Molfi

Preparação corporal: Liz Reis

Adereços: André Latorre e Beto Silveira

Maquiagem: Robson Monteiro

Fotos: Lenise Pinheiro

Assessoria de luta: Tarcísio Lakatos e Sérgio Uberti

Tradução: Mario Vitor Santos

Direção de produção: Liz Reis

Produção executiva: Cia. Teatro do Incêndio

Publicitário: Giuliano Henrique de Carvalho

Elenco

Liz Reis, André Latorre, Wanderley Martins, Luis de Tolledo, Marcelo Marcus Fonseca, ThiagoMolfi, Urias Garcia, David Guimarães, Cláudio José, Sonia Molfi, João Sant’Ana, Caio Blanco, Giulia Lancellotti, Robson Monteiro, Marcus Fernandes, Talita Righini, Paulo Solar, Louis Caetano, Vander Lins e Eraldo Junior.

Serviço

Espetáculo: “Joana d’Arc

Estréia: 18 de maio – quarta-feira – às 21 horas

Local: Teatro Bibi Ferreira

Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 931 – Tel: 3105-3129

Temporada: quartas e quintas - às 21 horas – Até 4 de agosto

Ingressos: R$ 50,00 – Gênero: drama – Duração 150 min - Lotação: 312 lugares

Classificação etária: 12 anos - Bilheteria: 3ª e 4ª (15h – 19h), 5ª (15h – 21h), 6ª (16h – 00h), Sab. (14h - 00h) e dom. (14h às 20h). Ingressos antecipado: www.ingresso.com (3105-3129)

Estacionamento: conveniado (R$ 10,00) - Acesso universal – Ar condicionado

Site/teatro: www.teatrobibiferreira.com.br - Site/grupo: www.teatrodoincendio.com.br

Assessoria de imprensa: VERBENA COMUNICAÇÃO

Tel: (11) 3079-4915 / 9373-0181- verbena@verbena.com.br