domingo, 27 de abril de 2014

Essa tristeza que chega em trovões
Ressoam uma respiração de catástrofe
Monstros saem das covas
As cordas mortais e imaginarias
Estão em toda parte
Não tem mais chão
Nos pensamentos febris
Só devaneios tolos
Do cheiro doce dos momentos marshmallow
Ao bardo do eletro-choque
A poesia não pode mais curar
E porque eu dançarei? A noite sempre terminará vazia.
Sim! Eu ainda amo você.
Só restou esse interlúdio
O violino emudeceu
Na deterioração jovial
Sim! Estou envelhecendo compulsivamente
Na escuridão do meu quarto
Tropeçando nos livros espalhados
Ziguezagueando nas paredes da completa desesperança
Sangrando violentamente no silêncio
Ruídos excepcionais baterão este vazio, infinitas vezes
Perplexos com a clareza dos fatos
Vejo a melancolia penosa
Cogitando abandonar a maternidade
Será isso um estranho capricho?
Pequena descortesia?
Hoje à noite eu me despeço selvagemente

Desses últimos tempos que empalideceram a minha face.

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