sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Véu labial

Véu Labial

Noite fria. Hoje ha gritos no coração.
Um tombo, um vírus contaminou a criança
Lágrimas vermelhas escorrem na espinha
Escuto a fada e acordo distante
Mergulho no limbo do calor ameaçador
Os ossos estão cravados no cérebro
O veneno revira o espirito
O cadáver caminha na Luz do Parque
Sombras enluaradas, congeladas
O inflamado infinito Pi
O xadrez da poesia em xeque mate
A concha canta a prega da areia
Respiro toda melodia da face
Redemoinhos de sol sangram
Tempestade leve de saliva lilas
Doce respiro do nada
Eclipse do véu labial
Seios quentes do deserto
Geotérmico profundo sabor
Mergulho arrebatado do sonho farpado
Fechadura incendeia a mandíbula do ventre
Cataratas desabrocham no sussurro do beijo
Olhos de champanhe nascem e renascem
Eletro-imã do pêssego embriagado
Cotovia dos pés da sua voz
O tempo mármore em relâmpagos
Eu

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