quarta-feira, 18 de abril de 2012

Nietzsche

Ouve sempre nos escritos de um ermitão, algo também do eco
do ermo algo do tom sussurrado e da arisca circunspecção da solidão, em suas
palavras mais fortes mesmo em seu grito, soa ainda uma nova e mais perigosa
espécie de calar de silenciar Que, entra ano, sai ano, e de dia e de noite,
sentou-se a sós com sua alma em confidencial duelo e diálogo, quem em sua
caverna – pode ser um labirinto, mas também jazida de outro – se tornou urso de
cavernas ou cavador de tesouro ou vigia de tesouro ou dragão: seus próprios
conceitos acabam por conter uma cor própria de lusco-fusco, um odor de
profundeza como de mofo algo de incomunicável e renitente, que sopra frio em todo
aquele que passa, O ermitão não acredita que um filósofo – suposto que um
filósofo sempre foi primeiro um ermitão – tenha jamais expresso suas próprias e ultimas opiniões em livros
não se escrevem livros, precisamente, para resguardar o que se guarda em si ele
até duvidará se um filósofo pode, em geral, ter opiniões “ultimas e próprias se
nele, por trás de cada caverna, não jaz, não tem de jazer uma caverna ainda
mais profunda, um modo mais vasto, mais alheio, mais rico, além de uma superfície
um sem –fundo por trás de cada fundo, por trás de cada “fundamento”
Cada filosofia é uma filosofia de fachada – eis um juízo
ermitão “ Há algo de contrario se aqui ele não cavou mais fundo e pôs de lado a enxada – há também algo de
desconfiado nisso.
Cada filosofia esconde também uma filosofia, cada opinião é também
esconderijo cada alavra também uma máscara. (FriedrichNietzsche)


Filosofo Luso-fusco – essa noite quero conversar com vc
Sim meu amigo, filosofo, que com seus dialogo de duelo,
duela com si, que se põem em cheque, e no ato da causa como eu estou agora. Há filósofo
singular que mistura a imagem no conceito e na mascara da trágica humana, um
filosofo-poeta para todos e para ninguém?
Que nos traz o acento da solidão. Que tudo o que
não diz é o que revê-la. (Liz)

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