quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Teatro do Incêndio versus Núcleo Artístico


Sinto-me como uma árvore nos seus primeiros anos de vida. Com uma fragilidade exposta, necessito do adubo constante, mas em doses homeopáticas. O excesso também pode me matar.
O individuo é responsável pela sua busca sua auto-produção e auto-conservação.
Através do teatro, especificamente o teatro de grupo, “teatro do Incêndio”, estou em busca do Maior que esta fora do meu EU.
O teatro do incêndio, busca sua distinção “relevo”, o núcleo artístico é responsável pelo seu desenvolvimento.
As regras e disciplina impostas pela sociedade servem muitas vezes para limitar a evolução da humanidade.
O individuo desde o momento que nasce ele é enquadrado em um molde de disciplina. A pergunta é o individuo quer cumpri-las? No meu ponto de vista ele deve querer. Entender para cumprir. Claro que se o individuo adquire essa força superior, esse conhecimento, ele também poderá utilizar de forma errônea, fascista para tentar destruir a humanidade. Mas se pensarmos desta forma poucos a terão e será cada vez mais constante o surgimento de Hilter, Mussolini, Stalin, Pinochet, G. W. Busch, Hugo Chaves, Bin Laden, Color, Antonio Carlos Magalhães, Fernando Beira Mar, entre outros.
O que a humanidade precisa entender é que só ela é responsável para que ocorra a evolução, que se ela não buscar, continuara escondida atrás da mediocridade, se escondendo atrás e através dos monitores televisivos, e, ao invés de assistir cultura, perderá seu tempo com novelas, programas de fofoca e aberrações. Então afirmo que ela é a maior criminosa e responsável pelo roubo declarado.
Quando ficamos indignados como a formação de uma sociedade psicopata, onde temos medo da policia, o jogador de futebol e o traficante são os ídolos atuais. E aceitamos que os dirigentes do governo roubem o dinheiro publico da educação, saúde sem se preocupar com o futuro da humanidade. E simplesmente resmungamos e não atuamos para combater. Então afirmo não temos o direito de querer e resmungar.
Compreendi porque estou fazendo teatro, confesso que quando comecei a querer ser atriz era pura vaidade. Mas hoje não quero, e não vou seguir as regras impostas e deixar os dirigentes do país descumpri-las. Entendi porque quero pegar minha espada da Joana d’Arc.
Não aceito essas regras desregradas, essa forma injusta e desumana e pretendo, junto com os pensadores em especial o diretor Marcelo Marcus Fonseca e sua Assistente de direção Zaíra B. Alves lutar por um futuro mais digno e combater a podridão.
Meus primeiros passos foram errados, quero seguir minhas vontades.
Sei que a liberdade tem sua primeira expressão dentro de uma explosão. E que ela pode até acarretar um instinto selvagem. Mas sem se libertar das amarras não é possível adquirir e se libertar. E nada melhor do que o teatro, e sua poesia espacial para nos guiar em nossos objetivos, e assim construímos a ponte para transpor-nos criação, arte e vida.
O teatro do Incêndio não me estimula um pensamento e sim me ensina a pensar.
Não é preciso traumas da vida para aprender e sim a própria consciência.
Compreendo todo o conflito que a liberdade me causa, pois quando nasci também chorei, gritei, achando injusta a transformação do casulo certo e seguro que o ventre de minha mãe me oferecia e me protegia. Mas fui obrigada a deixá-lo e assim Tb me sinto com a busca diária do caminho, só que agora quero gritar para sair do casulo escuro e trilhar o caminho da luz.

2 comentários:

Marcelo Marcus Fonseca disse...

Você personifica a “vontade de potência”, que o filósofo insistiu. É grande demais pra se curvar ao que quer que seja. É quem se reinventa e Dionisía-se na beleza de SER!

Unknown disse...

Conheci um anjo louro. Ele me apresentou uma fada de olhos verdes.Que fazem as fadas? Fazem sonhos virar realidade.Conheço algumas. Tenho a sorte de conviver e aprender com essa que escreve aqui. Acredito nela. Confesso: Ela já fez de alguns dos meus mais etéreos sonhos, realidade.E, sinceramente declaro: Ela tem mais força e poder que a grande maioria dos homens que participam da minha vida.

Sérgio Ricardo