quinta-feira, 24 de junho de 2010

liz

Aceitar a vida é um exercício muito difícil. Pensar em sua brevidade é útil se nos leva a duas ações: a produção ou a contemplação. São as duas possibilidades nas quais acredito. E equilibrá-las é viver e ser.O amor sempre perdoa nossos erros passados. Mas não os futuros. Pelo amor nos perdoamos. Sempre é possível acordar diferente. E descobrir que a dor mente.Quando o mundo novo se apresenta e tira o concreto de nossos pés - no qual nos posicionamos como postes de tempos em tempos, tendo a fisionomia cinza e uma luz que a todos ilumina, mas que ninguém percebe - olhar para trás é inevitável num primeiro momento. Nós deixamos de nos perceber quando passamos por nós mesmos e vivemos ali como autômatos paralisados em todo início de sorte. Quando a vida te dá uma nova chance ela te dá muito medo também. E aí está o erro novo a espreita.O erro não é um pecado. Não querer o novo é que é. Não querer ser novo é o que te mata. Não entender que querer o novo não é cósmico, mas mundano é que nos destrói.Eu hoje estive dançando. Só sei falar de mim porque estou assustado com minhas manhãs. E porque nunca quis me expor como homem. Estou assustado em prestar atenção no mundo mais que em mim mesmo e me ver nesse mundo (não esse mundo em mim). E eu, que nunca havia perdido de vista o gesto certo, hoje me peguei dançando...Eu, que andei “levando a vida quase morto”, resolvi acertar com a vida as contas que devia a ela e vice versa. Pelo amor. Isso não quer dizer acertar histórias, limpar más impressões, pedir perdão ou perdoar. Significa acordar amanhã. Não olhar pra trás, principalmente quando o pra trás nos impede de manter os olhos no futuro. “Nasço Amanhã”. “Aprender a amar leva esta vida inteira... continente é o mar, sem porto ou lugar para fincar bandeira”.

postado por Marcelo Marcus Fonseca no blog teatro do incendio
o que dizer: impossivel não amar.

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