quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

AUX PIEDS DE LA LETTRE

Não sei como começar, mas posso dizer que ganhei um grande presente ao assistir meu primeiro espetáculo do ano. Aux Pieds de la Lettre, eu já conhecia a companhia quando meu querido amigo Célio Amino me convidou para assistir, e após dois anos volto lá, com o Marcelo para prestigiar e apreciar esses talentosos atores-bailarinos Arthur Ribeiro e André Curti.


“A manipulação do corpo – que faz com que se transforme e se torne, em determinados momentos, um corpo-objeto- é um aspecto essencial da pesquisa do movimento. O prolongamento natural desta pesquisa conduz à utilização de objetos-acessórios e do objeto-cenário como pontos de ancoragem da ação dramática e com possibilidades de construção coreográfica.”

“A iluminação e os figurinos são estilizados e transpostos para realçar a poesia da história e a experiência das personagens.” Artur Ribeiro e André Curti têm uma visão da criação absolutamente integral. Nada é isolado e nada se acrescenta, tudo provém de um mesmo universo e de uma mesma intensidade".

O espetáculo

Aux Pieds De La Lettre


Eles são dois, às margens do vazio. Surgem em um palco quase num com apenas uma mesa de formas burlescas e mágicas...

À margem do mundo exterior, o corpo de um serve à loucura do outro. Os corpos se tornam escravos do imaginário. Um , com seus delírios místicos, abstina-se em escrever uma carta que precisa enviar ao mundo; o outro, vítima de suas obsessões, luta contra a poeira imaginária que suja seus pés e acredita ser o responsável pelo nascer e o pôr-do-sol.

Pequenas loucuras solitárias, delírios, rituais de sobrevivência, manias e digressões ecoam através de uma gestualidade poética. Oscilando entre tragédia e comédia, eles se amparam aos gestos do cotidiano, com musicalidade constantemente renovada e uma incessante invenção teatral.

Aux Pieds de la Lettre é uma criação gestual plena de emoções, que navega entre a ternura e risos inesperados.

(Texto extraído do programa)



Só posso dizer que me diverti muito, e senti uma solidão avassaladora.

Prisioneira de uma sociedade cruel, que invadi a alma do ser e o transforma em objeto.

Preciso voltar aos palcos e fazer transbordar o meu ser.

Um comentário:

Danny disse...

Bom dia,Liz, tudo bom?

O geraldo postou um comentário no meu blog e indicou o seu blog,eu também assisti esse espetáculo,é maravilhoso.
A sincrônia entre os dois atores,e a expressão de seus sentimentos,é formidável e nos leva a reflexão.
Sussesso e tudo de bom
Abraço Danielle