Começarei essa reflexão pela tradução do dicionário.
Experiência: Ação ou efeito de experimentar, conhecimento adquirido pela prática da observação ou exercícios; TER EXPERIENCIA.
Resolvi começar por essa tradução da palavra para relacionar os problemas que muitos filósofos questionam em relação as suas definições e compreensões e com isso me levou a palavra PENSAR, que tem o significado de processo pelo qual a consciência apreende em um conteúdo determinado, objetivo, refletir, formar, combinar idéias, meditar, raciocinar, supor andar, imaginar, cogitar, planejar...
Poderíamos ter infinitas possibilidades de definições e compreensões destas palavras e suas metáforas, mas é preciso muito cuidado como podemos simplificar e não aprofundar a uma experiência e confundir trabalho com experiência e o que pensamos ser experiência.
Uma vez ouvi dizer que Pensar era aplicar sobre a ferida os remédios necessários, tratar, curar.
O texto me fez refletir sobre “O sujeito moderno informado, que opina, com uma verdadeira obsessão pela opinião”. *
As experiências são cada vez mais raras nos tempos modernos, por falta de tempo. Eu diria também por falta de entrega.
Nós seres humanos somos resistentes a uma boa idéia, a um novo pensamento, a mudanças, escravos da sociedade, da metafísica, escravos das palavras, mas conflitantes quando a temos, pois queremos expressa-la a todo custo. E preciso parar e ouvir, parar e pensar, refletir.
As experiências nos fazem existir.
Relaciono a experiência com um liquido que flui dentro do meu corpo e me desorganiza. Só é possível viver uma experiência quando sentimos o sabor dela.
Um exemplo de experiência de Roland Barthes, ao dar aula: “O professor não tem aqui outra atividade senão a de pesquisar e de falar. Eu diria prazerosamente de sonhar alto sua pesquisa. Não de julgar, de escolher, de promover, de sujeitar-se a um saber dirigido: privilegio enorme, quase injusto, num momento em que o ensino das letras está dilacerado até o cansaço, entre as pressões da demanda tecnocrática e o desejo revolucionário de seus estudantes.” ** Vejo que ao dizer e executar essa experiência, ele vivencia infinitas possibilidades de apreender, entrega, troca e é tomado por uma imensa paixão na arte de lecionar e aprender com ela.
* "Notas sobre a experiencia e o saber de experiencia" de Jorge Larrosa Bondía
** "Aula" de Roland Barthes.
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