sexta-feira, 25 de junho de 2010

TEATRO OFICINA

Finalmente justiça em nome da Arte o TEATRO OFICINA é tombado e vira patrimônio federal.

O governo vai fechar todas as Oficinas Culturais.

Ontem presenciei a podridão da política. O desrespeito com o individuo. Vi as pessoas lindas que fazem as oficinas culturais um espaço de artista que acreditam na poesia do espaço, e nos proporciona tudo o que tem de melhor em profundo desespero. Nosso ensaio de Joana d’Arc foi interrompido com muita delicadeza e respeito e fomos informados pelos funcionários queridos e dedicados que terão que assinar o aviso prévio segundo o secretário de cultura Andrea Matarazzo que informou que todas as oficinas da capital de São Paulo vão fechar em agosto de 2010. O objetivo político é no futuro reabrir com outros nomes como, por exemplo, “Fabrica de Cultura”. Agora eu me pergunto, primeiro o trabalho dedicado das pessoas que estão lá não importa? O que importa é os partidos somarem o que fazem e claro que com a incapacidade de “gerar” mais cultura se aproveitam do pouco e belo que existe e destroem para somar nos seus feitios corruptos como se estivessem fazendo. O Teatro do Incêndio estava lá ensaiando a heroína, falando sobre heroísmo, injustiça, religião, corrupção e fomos informados, claro que não podíamos deixar barato e nosso diretor foi a luta na caça da Folha de São Paulo, Estadão. O que aconteceu? Mandaram todos da oficina que serão mandados embora calar. É isso ai governantes para que ter Zé Celso, Grupo Tapa, Eduardo Tolentino,Marcio Aurélio, Grupo Latão, Teatro do Incêndio, Marcelo Marcus Fonseca, Celso Frateschi, Marco Antonio Braz, Grupo Folias, Marco Antonio Rodrigues, Esther Góes, Gabriel Vilela, Aberbal Freire Filho, Cleyde Yáconis , Elias Andreato, Dagoberto Feliz, Cibeli Forjaz, Zé Renato, Sergio Brito, Renato Borghi, Os Fofos, Enrique Diaz,Ulysses Cruz, Satyro, Antunes, entre tantos artistas pelos do nosso Brasil.Se a mochila e as aulinhas apenas para iniciantes que não serão artistas vale voto e assim vocês vão matando seus Rimbaud. Eu termino aqui com a frases dos mestres.

“não quero que ninguém ignore meus gritos de dor quero que eles sejam ouvidos”. (Antonin Artaud)
“Não conseguireis desgostar-me da guerra. Diz-se que ela destrói os fracos, mas a paz faz o mesmo”(Bertolt Brecht)
O que não sabe é um ignorante, mas o que sabe e não diz nada é um criminoso. (Bertolt Brecht)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

liz

Aceitar a vida é um exercício muito difícil. Pensar em sua brevidade é útil se nos leva a duas ações: a produção ou a contemplação. São as duas possibilidades nas quais acredito. E equilibrá-las é viver e ser.O amor sempre perdoa nossos erros passados. Mas não os futuros. Pelo amor nos perdoamos. Sempre é possível acordar diferente. E descobrir que a dor mente.Quando o mundo novo se apresenta e tira o concreto de nossos pés - no qual nos posicionamos como postes de tempos em tempos, tendo a fisionomia cinza e uma luz que a todos ilumina, mas que ninguém percebe - olhar para trás é inevitável num primeiro momento. Nós deixamos de nos perceber quando passamos por nós mesmos e vivemos ali como autômatos paralisados em todo início de sorte. Quando a vida te dá uma nova chance ela te dá muito medo também. E aí está o erro novo a espreita.O erro não é um pecado. Não querer o novo é que é. Não querer ser novo é o que te mata. Não entender que querer o novo não é cósmico, mas mundano é que nos destrói.Eu hoje estive dançando. Só sei falar de mim porque estou assustado com minhas manhãs. E porque nunca quis me expor como homem. Estou assustado em prestar atenção no mundo mais que em mim mesmo e me ver nesse mundo (não esse mundo em mim). E eu, que nunca havia perdido de vista o gesto certo, hoje me peguei dançando...Eu, que andei “levando a vida quase morto”, resolvi acertar com a vida as contas que devia a ela e vice versa. Pelo amor. Isso não quer dizer acertar histórias, limpar más impressões, pedir perdão ou perdoar. Significa acordar amanhã. Não olhar pra trás, principalmente quando o pra trás nos impede de manter os olhos no futuro. “Nasço Amanhã”. “Aprender a amar leva esta vida inteira... continente é o mar, sem porto ou lugar para fincar bandeira”.

postado por Marcelo Marcus Fonseca no blog teatro do incendio
o que dizer: impossivel não amar.

QUERIDA LIZ

Você está novamente aniversariando. Nesse tempo, que a vida me deu o privilégio de estar ao seu lado, aprendi algumas coisas: não ter medo de envelhecer foi uma delas. Além disso, entendi o amor. O que por si só bastaria para uma existência. Mas entender você foi o principal, o mistério jamais desvendado, a artista em mutação, a mulher sem pecado. Não há presente possível. Você é o Todo.Cada vez que sua alma dá reviravolta eu me inspiro. Hoje entendo melhor seus tempos, seus desejos, sua coragem. Você cresce em um tempo que deixa a nós todos pra trás, na mais ínfima experiência. Melhor dizendo, você é uma pessoa em experiência. Seus recursos são surpreendentes, você descobre possibilidades a cada passo, você mimetiza a cor do átomo e pressiona o corpo à atitude.Liz, nesse novo aniversário eu quero te dar seu teatro. O meu e o seu. Seu maior talento é sempre ser maior. Quero me expor em seu nome, quero queimar no seu sonho, quero dizer que nunca vi uma mulher que definisse mulher: tão grande e frágil, tão forte e transformadora, tão terra quando ar, tão bela como só você é bela.Amo você mais que no primeiro dia da paixão a primeira vista. Tenho hoje paixão constante de toda vista. Tenho a sorte de ser surpreendido toda manhã por sua beleza única.Nos anos 60 talvez, mas hoje eu duvido uma atriz como você. Não há no século V guerreira que se sobreponha. Você é incansável, Diva e tentação. Você é “incansáveis”, é todas em uma mulher.Ulisses não te mereceria, e voltei “pra casa” em você. Atena vigorosa, Baco menina, Hera desencanada. Deusa nova com lugar no Olimpo. Lizartaud sem eletrochoque. Já tomou os que podia da vida.Quero achar o lugar que há que você olhará e dirá: aqui estou bem e mais. Mas sabemos que você não estará satisfeita. Reinventará a si mesma. Depois disso teria que achar o lugar novo, mas isso é depois.Amo você publicamente desde o primeiro dia. Amo você mais que tudo. Amo você a cada nota que arranco do violão e do coração. Amo você para a eternidade, e se morro, amarei mais e mais. Amo cada vôo que você dá.Amada, cada dia da sua vida será coroado de heras vermelhas e amarelas; faça eu o que tiver que fazer. Cada verde do seu olhar virá de brilho da boca tentando sorrir. Você pode me merecer, mas eu farei sempre por te merecer. A cada minuto. Porque se Deus existe, eu fui premiado como um Rei.Minha Dioniso, minha Apolo e sua irmã furiosa: por sua causa renasci dos pedaços das bocas dos Titãs. Por você tudo vale a pena.Feliz Aniversário.

Postado por Marcelo Marcus Fonseca. no blog teatrodoincendio@blogspot.com
Impossivel não amar. Te amo. Amor meu marido, meu tudo.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Policarpo Quaresma

Minhas palavras serão pequenas, diante da grandeza do espetáculo. A delicadeza e a sabedoria do mestre Antunes Filho de virar uma cena, luz, o figurino, a poesia levou o publico ao êxtase. Eu tinha vontade de aplaudir a cada entrada de cadeira, marchas. Para quem diz que o mestre “está morto” eu respondo: Mortos estão vocês com esse discurso pronto. Aprendam com quem sabe. Parabéns elenco parabéns Antunes. Brilhante.



"Adaptada e encenada por Antunes Filho com o Grupo Macunaima, esta obra de Lima Barreto contempla a difícil tarefa de contar a trágica história desse herói da ficção brasileira e descobrir novas abordagens sobre o escritor carioca. O espetáculo registra com precisão o berço da nossa República com as principais contradições que fundaram nossa complexa sociedade. O amor de Policarpo Quaresma à pátria leva-o as últimas consequências ao pensar a cultura do seu povo e acreditar no regime político de "ordem e progresso". A encenação traz a largueza de um relato épico para dar conta do carater quixotesco da narrativa e a concentração trágica para mostrar os suspiros do homem ao assumir a convicção nacional para si. Texto de Lima Barreto. Direção de Antunes Filho. Teatro SESC Anchieta".

O Grande Inquisidor

Uma transposição cênica da obra de Dostoievski, no Ágora a montagem traz à tona uma multiplicidade de questões humanas.
O Grande Inquisidor. direção de Rubens Rusche.
"No auge da Inquisição espanhola, um homem é visto fazendo milagres e sendo seguido pela multidão como se fosse Cristo de volta à terra. Ele é preso, torturado e condenado à fogueira pelo "Grande Inquisidor", um cardeal
Eu recomendo o espetáculo e a encenação deste dois brilhantes atores Celso Frateschi nos transtorna com sua força nas mãos, pronuncia clara e com sua ousadia ao interpretar o espetáculo de perfil. E tão brilhante quanto o ator Mauro Schames em seu silêncio absoluto.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Pedro Henrique Romeiro dos Reis

Mil vezes FELIZ: hoje ouvi do meu filho Pedro Henrique, essas palavras ao se olhar no espelho: “QUE BOM QUE EU EXISTO”, depois de ganhar o campeonato de xadrez do colégio Rio Branco. Parabéns filho, te amo.
Pedro Henrique, 7 anos concorreu com meninos de 7 a 11 anos ficou em primeiro lugar.