Produções e Captações Teatrais em 2015/2016
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La Floraison Communication
Direção de Produção: Liz Reis
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Espetáculos Teatrais Inéditos:
"O encontro das Águas" de Sergio Roveri. Direção: Leonardo Miggiorin- Elenco: Patricia Vilela e João Fenerich.
"Psicose na Cidade de São Paulo" adaptação de Psicose 4:48 de Sarah Kane. Direção: José Roberto Jardim. Elenco: Patricia Vilela e Liz Reis.
"Molly Bloom como máquina", adaptação Ulisses de James Joyce de Mario Vitor Santos. Direção: Marco Antonio Braz. Elenco: Liz Reis.
"Um ensaio sobre a morte", texto e direção: Liz Reis Elenco: Carlos Valle e Liz Reis.
"Ladeira em Carrinhos de Supermercado",de Sergio Mello. Direção Nelson Peres. Elenco: Liz Reis e Igor Kovalewisk.
"Socos na Parede",de Sergio Mello. Direção: Nelson Peres. Elenco: Igor Kovalewisk.
"Nietzsche" - adaptação de Sergio Mello com Igor Kovalewisk.
"Caminhos para o movimento" - dança-teatro no corpo cadeirante. Direção: Liz Reis e Auan Perez. Elenco: Pessoas com deficiência física.
Espetáculos Teatrais - Circulação:
"Dias de Vinho e Rosas" de Owen McCafferty.
Direção Fábio Assunção Elenco: Carolina Manica e Daniel Alvim.
"A pior das intenções" texto e direção: Mário Bortolotto. Elenco Patricia Vilela e Liz Reis.
"Lição de Botânica" de Machado de Assis. Direção: Liz Reis. Elenco: Fernando Vieira, Fernanda Viacava, Renata Gouveia, Isabela Catharina e Luisa Furtado.
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Liz Reis
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segunda-feira, 30 de novembro de 2015
"O Encontro das Águas"
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Direção de Produção
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ApresentaçãoO projeto que será realizado durante quatro meses, com vinte e quatro apresentações na cidade de São Paulo, conta com a montagem da peça “O Encontro das Águas”, de Sérgio Roveri, jornalista e dramaturgo, ganhador do prêmio Shell de melhor autor em 2006, fala sobre o acaso e seu incontestável poder de provocar mudanças na vida das pessoas.A montagem, contará com o talentoso ator Leonardo Miggiorin, que se desafia em sua primeira direção, convidando os atores Patrícia Vilela e João Fenerich para este projeto, com o intuito de disseminar a cultura e a arte teatral.“O Encontro das Águas”, inspirada no poema de William Blake, fala de encontros e desencontros, o último minuto que a vida lhe arrancou, um cortejo de impotência, um desejo interrompido.Um texto que explora a subjetividade das relações entre os homens, em um universo de complexidade psicológica profunda, que leva o espectador a uma experiência interna e pessoal sobre o prazer, a solidão e o suicídio.
A peça relata o acaso do encontro de duas pessoas numa ponte, o que provocará grandes transformações. O personagem Marcelo, que vive num estado de desespero com uma tragédia, pela qual se julga culpado e o personagem Apolônio que é inspirado em Apolo, deus grego que simboliza a beleza, a luz, porém aqui, representado por um andarilho que se mistura em um provocador, sátiro, sábio, profeta, artesão, sem nenhum reflexo de heroísmo.A peça leva o espectador a uma catarse, onde a mistura de emoções e sensações provocará uma reflexão sobre o sentido e o significado da vida. O final da peça fica em aberto. Esta liberdade oferecida pelo autor ao público é a mesma que nos é dada pelo nosso destino que nos leva rumo ao desconhecido.
Vergonha esse resultado do prêmio, mas juro , vou assistir tudo, e vou com ovo na mão to cansada de ver merda no Teatro em SP. Cansei. E também vou tacar ovo nos jurados, se a peça for uma merda no nível que estou acostumada a ver. Desculpa eu faço arte, to cansada de gente medíocre, comprando apto e fazendo teatro com uma qualidade zero. Teatro não é ação social e ficar dando leite pra população, muito menos ficar enfiando o dedo, sabe se bem onde. Pronto falei.
Quero deixar claro, que sei que entre 100 , tem lá uns 10 de qualidade, mas juro, eu fiquei chocada, com as peças que vi dos fomentados. Por isso to mesmo revoltada, porque fui assistir e não acreditei no que estava vendo. Um horror, peço aos artistas que assistam, comentem, vamos elevar o nível de cultura do teatro em SP, com nosso dinheiro público, que está pior que a qualidade das escolas públicas. Temos que nos unir, espero que isso sirva para que os contemplados, se movam para nos oferecerem um teatro com respeito. Quero perder pra quem sabe, não pra quem usa dinheiro público pra comprar apartamento e jogar bolinha de gude. Isso é inaceitável. E jurados, por favor assistam e vejam se o projeto escrito e votado tem merecimento. Espero que sim, mas o que vi do ultimo ano, tá difícil. Esse ano vou divulgar todos com nome, chega de ser politica, ninguém ta sendo justo com vários artistas incríveis que remerecem ganhar.
Dia 28 de novembro, perdemos nossa Lola Tolentino, essa mulher que me incentivou a ser atriz, que foi por tanto tempo minha mãe protetora, essa mulher que acreditou quando meus olhos brilhavam e sonhavam. Que fez figurinos incríveis e que amava, era apaixonada pela vida e o Teatro. Hoje rever tantos e todos na dor, no velório me fez lembrar dos momentos que estudávamos no Grupo Tapa, onde vivi os melhores dias da minha vida e como eu era feliz...Hoje mais do que nunca, estou tão de luto com a vida artística, que tenho vontade de desaparecer, assim como ela. Minha Lola querida, que você descanse em paz, daqui a pouco você estará criando novos figurinos, jogando voley e dançando uma boa gafieira regada de um bom vinho Francês! Te amo, descanse em paz! Lola é Luz e arte!
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
E AS BIBLIOTECAS SANGRAM VAZIAS - (Mário Bortolotto)
Estamos todos chocados com Paris e Minas Gerais. Tanto faz. Isso não é um concurso de catástrofes. Eu fico chocado com as pessoas por aqui medindo com qual catástrofe devemos ficar mais chocados. É o ser humano sendo vilipendiado, mal tratado, reduzido a um número no panteão de "quem se ferra mais" ou "quem merece nossas lágrimas". Estamos sempre chocados com as chacinas diárias na periferia das grandes e pequenas cidades. Não se enganem. Nós, aparentemente alienados. Nós que não participamos de manifestações. Nós, com nossos livrinhos de poetas malditos e com nossas camisetas de bandas de rock. Nós é que ficamos mais chocados. Simplesmente pq nos países particulares que construímos pra gente não existem essas fronteiras de pensamento. Nesses países somos os nossos presidentes e pagamos nossos impostos. É sobre as grandes chacinas e catástrofes que estamos falando quando escrevemos sobre um casal destruído por sentimentos mesquinhos de ódio ou egoísmo. Não é tudo a mesma coisa? Repito. Não se enganem. O sujeito que organizou os ataques em Paris (não importa se é o Abdelhamid Abaaoud ou qualquer outro) pode muito bem ser um bom pai de família, deve amar os seus filhos e deve rezar todos os dias para o seu Deus que na verdade é o mesmo que nós rezamos. (se for o Abdelhamid nem filhos ele deve ter. Tem 27 anos, a mesma idade que morreu o Hendrix ou o Cobain que nos interessa muito mais) Tanto faz. O que eu quero dizer é que muda a cara de Deus, mas a rapaziada continua usando a fachada do "Deus Justo" para os seus próprios interesses. Por trás de toda guerra sangrenta, tremula a imagem de um Deus "justo" em suas bandeiras. E por trás dessa bandeira manchada de sangue, tem sempre um dos que organizam filas e recolhem assinaturas. E esses são os mais perigosos. São esses sujeitos carismáticos que estão sorrindo por trás das bandeiras manchadas de sangue. Sujeitos tão carismáticos quanto um Hendrix ou um Cobain. Sujeitos que a manada segue sem hesitar. A diferença é que Hendrix ou Cobain não queria ninguém seguindo eles. Cazuza dizia que não gostava nem de cachorro seguindo ele na rua. E as pessoas que fazem parte das manadas (os que gostam de seguir líderes) continuam se alistando nos exércitos e igrejas. E as bibliotecas sangram vazias. Pessoas que pensam solitariamente são escorraçadas e exiladas. Não há lugar para pensamentos solitários. É preciso seguir um líder. As pessoas se deixam cegar por ordens de um líder. As pessoas entram em manifestações onde um sujeito com um microfone berra: "Galera, precisamos nos unir". Não, porra. Eu não faço parte de nenhuma "galera" e eu gosto de andar sozinho, embora ame os meus amigos e goste de beber com eles. Mas eu gosto de andar e pensar sozinho. Eu não quero me unir a vcs. Nós precisamos aprender a andar sozinhos. Nós não precisamos de um líder. E as bibliotecas sangram vazias, Como esse garoto, o Louis vai entender pq perdeu a mãe e a avó no ataque a Bataclan? Ele não vai entender. E daí se ele crescer e resolver sair por aí colocando bombas em mesquitas indiscriminadamente? É só uma avalanche que não vai parar. As igrejas e os exércitos vão continuar a crescer. A opinião pública vai precisar de um culpado pra crucificar, para saciar a sede de sangue. E isso vai durar o que? Uma semana? E as bibliotecas vão continuar a sangrar vazias. Não se enganem. As bibliotecas estão cheias (quer dizer..."cheias" é modo de dizer - há alguns garotos ocupando algumas cadeiras) de garotos que não tem nenhuma sede de glória. Eles simplesmente gostam de andar sozinhos. Esses garotos não frequentam igrejas e fugiram do alistamento militar. Esses garotos seguem seus próprios pensamentos. Esses garotos filtram os pensamentos de seus escritores e filósofos preferidos. Eles não lêem um Cioran ou um Hemingway como uma biblia. Eles sabem que os seus ídolos assim como eles próprios, se enganam, bem mais do que acertam. E são esses garotos, desconfiados (até de seus heróis) e aparentemente alienados, os que estão mais chocados com Paris e Minas Gerais. São os que estão verdadeiramente chocados. E eles também estão chocados com os caças franceses seguindo para a Síria. Ou vc acha mesmo que toda a rapaziada de lá concorda com o radicalismo de seus "líderes"? E esses garotos, os que eu conheço e que sei que estão verdadeiramente chocados não estão tentando medir qual catástrofe é mais importante e qual merece nossas lágrimas e nossa solidariedade. Pq esses garotos, assim como o Louis, bom, eles não conseguem entender. Por razões diferentes, é claro. O Louis pq ainda está perplexo na sua ignorância quase infantil. Ele simplesmente não consegue entender pq explodiram a mãe e a avó dele. E os outros? Os outros estão perplexos por saberem que a fronteira do pensamento não existe para eles. E que tudo deveria ser muito mais simples. Se não existissem líderes e igrejas e exércitos. É um pensamento simplório? Claro que é. Pq se vc pensar livremente, tudo fica muito simples. E as bibliotecas não sangrariam vazias. E não teríamos que escutar um líder tosco gritando "Galera, precisamos nos unir".
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
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